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domingo, 15 de março de 2015

Cientistas estudam mar de ferramentas pré-históricas na África



Um mar de ferramentas deixas por diferentes espécies do gênero homo ao longo de cerca de um milhão de anos. É assim que pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descrevem a região de Mesak Settafet, na Líbia, um gigantesco afloramento de arenito no meio do Deserto do Saara, na África. O local foi algo de um estudo que detectou, em média, 75 artefatos por metro quadrado, ou 75 milhões por quilômetro quadrado.
Os responsáveis pelo trabalho, publicado nesta quarta-feira na revista "PLOS One", afirmam que, ao longo dos séculos, a região se transformou no primeiro exemplo de cenário modificado pelos humanos, tal a quantidade de ferramentas e armas deixadas para trás pelos povos que ocuparam o Norte da África.
O Messak Settafet tem 350 quilômetros de comprimento e 60 quilômetros de largura. Segundo o professor Robert Foley, um dos autores do estudo, o arenito (pedra de areia) local foi um material ideal para a criação de ferramentas. Com isso, diz ele, a paisagem se tornou um tapete de ferramentas de pedra durante o chamado Pleistoceno, período que vai de 2,5 milhões de anos até 11 mil anos atrás.
"O termo Antropoceno é usado para definir o período que começa quando os humanos passaram a causar impacto significativo no ambiente, com a Revolução Industrial, há cerca de 200 anos", explica Foley. "Mas a criação de ferramentas teve início há mais de dois milhões de anos, e pouca pesquisa foi feita sobre o impacto dessa atividade. O Messak Settafet é o exemplo mais precoce das cicatrizes da atividade humana num cenário inteiro. O impacto das nossas tecnologias no planeta é mais antigo do que se pensava.

Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-estudam-mar-de-ferramentas-pre-historicas-na-africa-15562362

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