Cientistas utilizaram um novo método para analisar traços de DNA
encontrados nos ossos de três escravos africanos do século XVII. A
metodologia permitiu determinar pela primeira vez os países de origem
dos cativos.
Até agora era difícil determinar com exatidão a procedência dos 12
milhões de escravos africanos transportados para a América entre 1500 e
1850. Havia poucos dados precisos na época e, apesar de saber de qual
porto haviam embarcado, os verdadeiros países de origem eram um
mistério.
Quadro de Johann Moritz Rugendas representa escravidão na América
Mas neste caso, o DNA extraído dos esqueletos de três escravos
permitiu determinar que eram originários de regiões que hoje pertencem a
Camarões, Gana e Nigéria, segundo um estudo publicado nesta
segunda-feira, 9, na revista norte-americana Proceedings of the National
Academy of Sciences.
Os ossos de dois homens e uma mulher foram desenterrados em 2010 em um local de construção na ilha de San Martín, no Caribe.
"Estas descobertas oferecem as primeiras provas diretas da
origem étnica dos escravos africanos", destaca o estudo conduzido por
Hannes Schroeder, do centro de geogenética do Museu de História Natural
da Universidade de Copenhague.
Também "demonstra que os elementos do genoma permitem responder a perguntas históricas que há tempo careciam de resposta".
Este novo método permitirá avançar na investigação de outros
restos arqueológicos descobertos em regiões tropicais, que, por causa do
clima quente, contêm pouco DNA.
FONTE: O Estadão
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